quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Filosofia - o futuro de Nietzsche


Filosofia
Filosofar é um ato que se enraíza na vida e um exercício de liberdade. O compromisso com a autenticidade da reflexão exige vigilância crítica permanente, que denuncia como impostura qualquer forma de mistificação intelectual. Nietzsche é o pensador de nossas angústias, que não poupou nenhuma certeza estabelecida - sobretudo as suas próprias convicções– e desvendou os mais sinistros labirintos da alma moderna. Com a paixão que liga a vida ao pensamento, Nietzsche refletiu sobre todos os problemas cruciais da cultura moderna, sobre as perplexidades, os desafios e as vertigens.
Opositor ferrenho da dialética socrática, Nietzsche reedita, no mundo moderno, o gesto irônico do pai fundador da filosofia ocidental. Decisivo adversário de Platão, buscava uma filosofia pudesse ser caracterizada como uma inversão paródica do platonismo. Nietzsche, o filósofo-artista, um poeta que só acreditava numa filosofia que fosse expressão das vivências genuínas e pessoais, vendo na experiência estética uma espécie de êxtase e redenção, é, por isso mesmo, um precursor da crítica a um tipo de racionalidade meramente técnica, fria e planificadora.
"A máxima ‘tornar-se aquilo que se é’ orienta seu pensamento”. Na filosofia, Nietzsche encontrava o papel central da experiência estética, analisava a origem e a função dos valores na vida e na cultura e propunha-se a achar que compaixão, humildade, ressentimento e ascetismo teriam, então, constrangido a vontade de potência, que seria o princípio de toda a vida.

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